O incêndio ocorrido em 27 de janeiro de 2013, na Boate Kiss foi uma tragédia que matou 242 pessoas e deixou 680 feridos. Houve uma série de fatores que, se tivessem sido evitados, teriam impedido o incêndio ou evitado a morte de mais pessoas.
De acordo com o relatório do CREA-RS foram vários os motivos que desencadearam para o incêndio. As causas determinantes da tragédia, conforme relatório dos investigadores do caso, foram as saídas de emergência inadequadas, a falha no funcionamento dos extintores de incêndio, deficiência na iluminação de emergências e o revestimento acústico inapropriado para o ambiente.
O Engenheiro Civil é responsável pelo projeto e execução e acompanhamento da obra. Portanto, no caso da Boate Kiss, desde o início foi projetada para esta finalidade, de receber muitas pessoas, eventos noturnos e shows. Para tanto, existem normas que auxiliam no projeto, execução e acompanhamento. A conduta antiética dos profissionais da Engenharia Civil envolvidos no caso se deu devido ao fato de ter sido feito um ambiente desfavorável em caso de emergência.
Ainda de acordo com o relatório do CREA-RS, por exemplo, havia apenas uma porta de emergência com dimensões de 2,56 metros de comprimento, quando na verdade, para a quantidade de pessoas que a Boate suportaria em projeto, deveria ter dimensões de 4,40 metros de comprimento. As leis contra incêndio de Santa Maria vigentes à época, baseadas na Norma 9.077 da ABNT, determinavam duas saídas de emergência para casas noturnas, em lados opostos, o que não foi executado na Boate Kiss. Além disso, não haviam janelas na boate, e as saídas dos dutos de ar estavam lacradas com janelas basculantes, o que se categoriza como uma ação imprudente dos Engenheiros Civis responsáveis e/ou Arquitetos, pois a presença de janelas ajudaria na evacuação do ar contaminado, que foi, segundo a autópsia das vítimas, a maior causa das mortes, por asfixia.
Ainda de acordo com o relatório do CREA-RS, por exemplo, havia apenas uma porta de emergência com dimensões de 2,56 metros de comprimento, quando na verdade, para a quantidade de pessoas que a Boate suportaria em projeto, deveria ter dimensões de 4,40 metros de comprimento. As leis contra incêndio de Santa Maria vigentes à época, baseadas na Norma 9.077 da ABNT, determinavam duas saídas de emergência para casas noturnas, em lados opostos, o que não foi executado na Boate Kiss. Além disso, não haviam janelas na boate, e as saídas dos dutos de ar estavam lacradas com janelas basculantes, o que se categoriza como uma ação imprudente dos Engenheiros Civis responsáveis e/ou Arquitetos, pois a presença de janelas ajudaria na evacuação do ar contaminado, que foi, segundo a autópsia das vítimas, a maior causa das mortes, por asfixia.
Há ainda, relatos de sobreviventes que disseram que até a chegada da porta de emergência haviam obstáculos, os guarda corpos, que dificultaram a saída efetiva de pessoas.
Os membros da banda Gurizada Fandangueira, foram quem provocaram o incêndio, utilizando show de pirotecnia com material para uso externo de acordo com as especificações na embalagem. Segundo a polícia, a boate costumava ter esses tipos de show, mesmo não sendo adequada para isso. No caso dos integrantes da banda, agiram de má fé, utilizando material que não era específico para ambientes internos, mesmo estando cientes disso, não seguiram as recomendações do fabricante para uso externo.
O extintor de incêndio presente do lado do palco falhou quando um dos integrantes tentaram apagar as primeiras chamas que surgiram no teto. Outra falha que poderia ter evitado que o fogo se espalhasse.
Os sócios da boate faziam reformas sem supervisão técnica. A utilização de espuma de poliuretano como revestimento acústico foi feito em uma reforma na boate em 2012, pode ser considerado uma ação ilícita e antiética por parte dos proprietários, pois os eles deveriam ter solicitado um novo alvará dos bombeiros e a boate teria de passar obrigatoriamente por uma nova vistoria. Além de que, foi permitido uma superlotação da boate, que contradiz as limitações pela qual foi projetada.
Apesar de as investigações sobre a conduta dos servidores municipais terem sido arquivadas, a boate teria funcionado sem alvará dos bombeiros, sanitários e ambiental entre agosto de 2010 e 2011. O local foi multado seis vezes mas nunca fechado para regularização, continuando a funcionar normalmente sem os alvarás. Mesmo que a boate tivesse que ter pedido uma nova vistoria do corpo de bombeiros após a reforma em 2012, antes disso, ainda estaria funcionando com irregularidades com o sistema de proteção contra incêndios e portas de emergência, e ainda assim recebeu alvará do corpo de bombeiros.
Pode-se dizer então que houve uma conduta antiética por parte dos membros do corpo de bombeiros que emitiram o alvará à boate estando com irregularidades no sistema de proteção contra incêndios antes da reforma em 2012, embora a investigação em cima desses envolvidos tenha sido arquivada. Assim como dos servidores municipais que permitiram ou não embargaram o funcionamento da boate que não possuía diversos alvarás. Por parte dos Engenheiros civis e Arquitetos envolvidos pode-se dizer que agiram de forma antiética no projeto inicial e/ou fiscalização da execução da obra, quanto ao desenho da boate, saídas e portas de emergências inadequadas e sistema de ventilação irregular. Os integrantes da banda que também agiram de má fé em uma conduta que poderia ter evitado o incêndio. Funcionários da boate que dificultaram a saída das pessoas no início do acontecimento, que poderia ter salvo mais pessoas.
Portanto, a conduta ética e boa ação, se tivesse sido seguida e cumprida, por parte de todos ou qualquer um dos envolvidos, poderia ter evitado o incêndio na boate Kiss. Mesmo que muitos envolvidos tenham sido isentos da culpa, vale ressaltar que a conduta antiética de todos os responsáveis deverá ser lembrada por futuros bombeiros civis, engenheiros, arquitetos, músicos, responsáveis pela fiscalização e técnicos para que tragédias como essa não voltem a acontecer.
