Theodore
Finch é um jovem garoto esquisito e que costuma ser o estranho no colégio. Faz
as coisas que lhe vem a mente e não liga para o que os outros falam. Enquanto que
Violet Markey costumava ser a garota popular da escola, bem extrovertida e
alegre até a morte de sua querida irmã em um acidente de carro. Os dois, como
podem ter percebido, são completamente diferentes, mas acabam se conhecendo
através da tentativa de suicídio no alto da torre do sino do colégio. O livro
começa com Theodore e Violet em cima do parapeito da torre da escola para
cometerem suicídio. Theodore Finch já estava lá quando Violet chegou. Visto
isso, Theo se viu no dever de salvar aquela garota, e "vigiá-la" depois disso
para que não tentasse fazer de novo. E o pior é
que, por ideia de Finch, Violet sai como a heroína que salvou Theodore
“Aberração” de um suicídio na torre do sino da escola. E isso fica entre os
dois.
Em um
trabalho de Geografia, eles se juntam para falar sobre todos os lugares
incríveis do estado de Indiana. E assim eles passam por vários lugares juntos e
sempre deixando uma marca deles no local. Theodore
sofre do que ele chama de “apagões” que costumam durar muitas horas, mas no
final do livro é explicado o que são esses “apagões”. Esse foi o principal
motivo que o levou à tentativa de suicídio. Ele sempre pensava em maneiras de
como se matar (mas sem ter realmente a intenção de fazê-lo).
Tudo em sua
vida muda quando conhece Violet naquele dia. Ele começa a ter prazer pela vida
e sempre pensa no amanhã como mais um dia em que verá Violet. Os dois
passam muito tempo juntos e os sentimentos de Theodore passam a ser
correspondidos.
O livro é
incrível, a trajetória de Violet e Theo por vários lugares de Indiana faz-nos
sentir o que estão sentindo. E as histórias contadas por Theo, mentira ou não,
acabam tornando-se incríveis quando tem algo a nos passar.
Querendo ou
não, é passado uma visão de como as pessoas importam-se com outras. E quando ocorre uma tragédia, como lidam com isso. Fala sobre rótulos, aqueles que damos
a uma pessoa com depressão, bipolaridade, TOC, como se elas se resumissem à
doença que tem. Há críticas sobre a pouca importância que damos a doenças silenciosas como depressão, bipolaridade. Muitas vezes negamos a nós
mesmos que há algo de errado, seja conosco ou com outras pessoas que
conhecemos, deixando passar por anos. Mas um dia tudo sempre vem à tona. E pode
ser fatal.
Enfim, achei
o livro um pouco cansativo no começo (até a metade rsrs) pelo fato de eles só
estarem visitando lugares e fazendo coisas legais e loucas. Mas depois foi
melhorando, começou a revelar um pouco mais sobre o que se passava pela cabeça
de Finch e o que eram os “apagões” que ele tinha, bem como problemas familiares
e traumas de sua vida, as coisas que o afligiam. Logo teve uma evolução
significante, principalmente quando as coisas começam a fazer sentido. Theodore
Finch não era apenas um garoto esquisito que falava e fazia coisas sem pensar. Vale muito a pena, o livro é emocionante.
>> E essas são
algumas das minhas partes favoritas do livro:
“Aprendi que existem coisas boas no mundo, se você procurar por elas.
Aprendi que nem todo mundo é uma decepção, incluindo eu mesmo, e que um salto a
383 metros de altura pode parecer mais alto que uma torre do sino se você
estiver ao lado da pessoa certa.”
“Escuta, eu
sou a aberração. Eu sou o aloprado. Eu sou o problemático. Eu me meto em
brigas. Eu decepciono as pessoas. O que quer que faça, não deixe Finch bravo.
Ah, lá “vai ele de novo, em uma daquelas fases. Finch mal-humorado. Finch
irritado. Finch imprevisível. Finch louco. Mas não sou um conjunto de sintomas.
Não sou uma vítima de pais horríveis e de uma composição química mais horrível
ainda. Não sou um problema. Não sou um diagnóstico. Não sou uma doença. Não sou
uma coisa que precisa ser salva. Sou uma pessoa”
Trecho de
Por lugares incríveis de
Jennifer Niven
NOTAS DA AUTORA
“A cada
quarenta segundos, alguém no mundo se suicida. A cada quarenta segundos, quem
fica tem de lidar com a perda.
Muito antes
de eu nascer, meu bisavô morreu devido a um ferimento a bala que ele mesmo
causou. Seu filho mais velho, meu avô, tinha só treze anos. Ninguém sabia se
tinha sido intencional ou não — e como eram de uma cidadezinha no sul do país,
meu avô e sua mãe e suas irmãs nunca discutiram isso. Mas aquela morte afetou
nossa família por gerações. Há muitos anos, um menino que eu conhecia e amava
se matou. Fui eu quem o encontrou. Eu não queria conversar sobre essa
experiência com ninguém, nem com as pessoas mais próximas. Até hoje, vários
familiares e amigos meus não sabem muito sobre isso, se é que sabem de alguma
coisa. Durante bastante tempo, era doloroso até mesmo pensar nisso, quanto mais
falar, mas é importante conversar sobre o que aconteceu.
Em Por
lugares incríveis, Finch se preocupa muito com rótulos. Existe, infelizmente,
um estigma em torno do suicídio e de transtornos mentais. Quando meu bisavô
morreu, as pessoas fofocavam. Apesar de sua viúva e seus três filhos nunca
falarem sobre aquele dia, eles se sentiam julgados e, em certa medida,
discriminados. Meu amigo se matou e um ano depois perdi meu pai para o câncer.
Eles estavam doentes durante a mesma época e morreram com um intervalo de
catorze meses, mas a reação a suas doenças e mortes não poderia ter sido mais
diversa. As pessoas raramente levam flores para um suicida.
Foi só ao
escrever este livro que descobri meu próprio rótulo — “sobrevivente
pós-suicídio” ou “sobrevivente do suicídio”. Felizmente, há muitas fontes para
me ajudar a dar sentido a esse acontecimento trágico e entender como ele me
afeta, assim como há muitos recursos para ajudar qualquer um, adolescente ou
adulto, que esteja lutando contra problemas emocionais, depressão, ansiedade,
instabilidade mental ou pensamentos suicidas.
Muitas
vezes, transtornos mentais e emocionais não são diagnosticados porque a pessoa
com os sintomas sente vergonha, ou porque as pessoas próximas não conseguem ou
escolhem não reconhecer os sinais. De acordo com a Mental Health America,
estima-se que haja 2,5 milhões de pessoas com transtorno bipolar nos Estados
Unidos, mas o número verdadeiro deve ser duas ou três vezes maior que isso. A
quantidade de pessoas com a doença que não são diagnosticadas ou que são mal
diagnosticadas chega a oitenta por cento.
Se você acha
que algo está errado, fale.
Você não
está sozinho.
Não é sua
culpa.
Existe ajuda
para você.”
Trecho de
Por lugares
incríveis
Jennifer
Niven
ALGUNS DOS LUGARES INCRÍVEIS DE INDIANA DO PROJETO DE VIOLET E THEODORE
1. Hoosier Hill
3. The Levi Coffin House
A casa Levi Coffin era uma das paradas nas rotas de fuga clandestinas dos escravos americanos.
4. Lincoln Boyhood National Memorial
É um museu que preserva a fazenda onde o ex-presidente dos Estados Unidos viveu entre sete e vinte e um anos de idade.

5. James Whitcomb Riley's Boyshood Home
Casa e, agora, Museu onde viveu um artista que escrevia diversas obras para crianças.

6. Painted Rainbow Bridge
Uma ponte arco-íris

7. Blue Hole Lake
Na saída da cidade de Prairieton está o Buraco Azul, um lago que inspirou uma série de lendas locais. Dizem que ele não tem fundo, que guarda tesouros piratas, é habitado por monstros. Há histórias de pessoas que foram nadar no lago e nunca mais voltaram.
8. The Purina Tower
Divisão de Ração animal da empresa Nestlé. De 1951 e tem 47 metros de altura. No final do ano, um conjunto de luzes é pendurado no topo, se assemelhando a uma árvore de Natal.

9. World's Largest Ball Of Paint
A história de Michael Carmichael e sua bola de tinta gigante é verídica. A bola foi criada a partir de camadas e camadas de tintas, pintadas sobre uma bola de baisebol desde 1977.

Casa e, agora, Museu onde viveu um artista que escrevia diversas obras para crianças.

6. Painted Rainbow Bridge
Uma ponte arco-íris

7. Blue Hole Lake
Na saída da cidade de Prairieton está o Buraco Azul, um lago que inspirou uma série de lendas locais. Dizem que ele não tem fundo, que guarda tesouros piratas, é habitado por monstros. Há histórias de pessoas que foram nadar no lago e nunca mais voltaram.
8. The Purina Tower
Divisão de Ração animal da empresa Nestlé. De 1951 e tem 47 metros de altura. No final do ano, um conjunto de luzes é pendurado no topo, se assemelhando a uma árvore de Natal.

9. World's Largest Ball Of Paint
A história de Michael Carmichael e sua bola de tinta gigante é verídica. A bola foi criada a partir de camadas e camadas de tintas, pintadas sobre uma bola de baisebol desde 1977.